Em breve, a Economia Circular será Globalizada?
Não há uma resposta definitiva para essa pergunta, pois a migração para uma economia circular globalizada depende de uma série de fatores, incluindo políticas governamentais, tecnologias emergentes, mudanças no comportamento do consumidor e pressões da sociedade civil.
No entanto, muitos especialistas acreditam que a transição para uma economia circular é essencial para lidar com os desafios ambientais e sociais do século XXI, como a mudança climática, a escassez de recursos e a desigualdade econômica.
Muitos governos e empresas em todo o mundo, estão tomando medidas para promover a economia circular, mas ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a circularidade global.
Estima-se que, se as tendências atuais continuarem, a economia circular global poderá ser alcançada até 2050. No entanto, é importante lembrar que a transição para uma economia circular requer um esforço conjunto e contínuo de todos os setores da sociedade.
O sistema capitalista vigente permitirá essa transição?
O sistema capitalista tem uma história de se adaptar e se beneficiar de mudanças significativas na economia. No entanto, a transição para uma economia circular globalizada pode ser um desafio para o sistema do capital, já que envolve uma mudança fundamental na forma como produzimos e consumimos bens e serviços.
A economia circular promove a ideia de prolongar a vida útil dos produtos, reduzir a extração de recursos naturais e minimizar os resíduos e poluição gerados durante o processo produtivo e de consumo.
Isso pode implicar em menos consumo e produção, o que poderia desacelerar o crescimento econômico no curto prazo. Além disso, o modelo atual de negócios, que se baseia em produzir e vender cada vez mais produtos novos, pode entrar em conflito com a economia circular.
Por outro lado, muitas empresas já estão percebendo que a economia circular pode ser uma oportunidade para inovação e crescimento econômico sustentável. Empresas que implementam práticas circulares podem economizar dinheiro, reduzir sua dependência de matérias-primas caras e escassas, melhorar a eficiência do uso de recursos e atender à demanda dos consumidores por produtos mais sustentáveis.
Portanto, embora a transição para uma economia circular globalizada possa ser desafiadora para o sistema capitalista, há sinais de que muitas empresas estão começando a ver a economia circular como uma oportunidade, em vez de uma ameaça.
No entanto, a transição para a economia circular exigirá um esforço conjunto de governos, empresas e consumidores para criar um ambiente propício para sua adoção em larga escala.
Teremos um momento de transição, ou seja, um sistema misto entre a economia linear e circular?
A economia linear e a economia circular são conceitos que podem parecer paradoxais à primeira vista, mas é possível que eles possam coexistir em uma economia globalizada e nessa transição valer-se de um sistema misto de economia e o consumidor consegue influenciar a balança a favor do sistema sustentável. Não só porque é o certo a fazer, mas para garantir nossa existência e das futuras gerações.
O capitalismo, em sua essência, está fundamentado na produção, distribuição e consumo de bens e serviços com fins lucrativos. Esse modelo econômico tradicionalmente incentivou a produção em massa e o descarte de produtos, muitas vezes sem considerar as consequências ambientais a longo prazo e hoje estamos sentindo seus efeitos em nosso dia a dia por meio das mudanças climáticas.
Por outro lado, a economia circular é um modelo econômico que propõe a redução do desperdício e a utilização eficiente de recursos. Esse modelo fechará o ciclo de vida dos produtos, tornando-os duráveis, reparáveis e recicláveis.
A economia circular aspira minimizar o impacto ambiental e promover a sustentabilidade local, regional e global. Embora pareçam conceitos antagônicos, é possível que possam encontrar novas oportunidades de negócios e vantagens competitivas.
Além disso, muitos consumidores estão buscando produtos mais sustentáveis e empresas que adotem práticas circulares, o que pode aumentar a demanda por esses produtos e serviços e está aí o verdadeiro poder do consumidor — o poder da escolha.
No entanto, para a economia circular ser plenamente implementada em uma economia globalizada, é necessário que haja mudanças estruturais e incentivos adequados. Isso quer dizer que possa haver um entrave nesse caminho pela sustentabilidade mundial, pois o tema perpassa por questões políticas e como sabemos lobistas nunca dormem. No Brasil querem taxar a captação de luz solar! Pasmem!
Num mundo político sem vieses, isso pode incluir incentivos governamentais para empresas que adotem práticas circulares, regulamentações mais rígidas para reduzir o desperdício e a poluição, além de uma mudança cultural na sociedade que valorize a sustentabilidade (educação ambiental, por exemplo) e a utilização eficiente de recursos.
A economia circular pode, na verdade, trazer novas oportunidades de negócios e vantagens competitivas, simultaneamente, em que reduz o impacto ambiental e promove a sustentabilidade universal.
Fontes:
https://simpleorganic.com.br/blogs/simple-blog/economia-circular
https://www.novacultura.info/post/2017/02/04/o-colapso-do-capitalismo
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