Agustina Besada me fez pensar: Nosso olhar é para o Meio Ambiente como algo que existe para nosso uso fruto, inatingível por nossas ações e, simultaneamente, perene. Dessa forma, posso imaginar, ingenuamente, que tudo que está relacionado a Natureza não é de minha responsabilidade, pois faz parte do processo natural.
Contudo, geralmente as grandes destruições ao Meio Ambiente ocorrem longe dos grandes centros urbanos ou as margens deles, ou seja, são “invisíveis” para a maioria das pessoas. Um exemplo de impacto ambiental negativo é nosso lixo.
Alguém se pergunta para onde ele vai depois que o caminhão do lixo o leva? Simplesmente desapareceu? Da minha visão sim. Não incomoda mais, pois é muito lixo para se preocupar. O importante é que está em outro lugar e não me afeta. Pensamento egoísta, eu sei.
O lixo supostamente desapareceu e com isso temos a “lógica do invisível”, ou seja, o que os olhos não veem, o coração não sente. Ou, quem não é visto, não é lembrado. Triste engano, pois eles estão agindo contra nós agora (poluição do solo, das águas, do ar etc.), e já estão presentes no nosso dia a dia nos afetando a qualidade de vida (ilhas de calor, enchentes, desmatamento florestal ou urbano, deslizamento de terra, entre outros).
Logo, é uma questão de tempo para os impactos tornarem-se permanentes e afetarem nossa realidade significativamente, matando-nos.
Agimos com indiferença ou ignorância quando os Cientistas reportam anualmente a antecipação da Sobrecarga da Terra em comparação ao ano anterior. Isso, escandalosamente, indica nosso fim, mas não damos importância.
As sociedades não acreditam ser possível o ocaso (fim) do planeta, pois todos continuam acreditando que a natureza é infinita e resiliente à humanidade.
O que poderia fazer as pessoas mudar sua percepção equivocada sobre os impactos ambientais antrópicos (por ação humana) que estão transformando negativamente a Geografia do planeta através das mudanças climáticas?
Existem muitas formas, mas pensaremos na Educação como principal agente de mudança comportamental. A Educação e a consciência Ambiental são ferramentas imediatas que podem ajudar. O cálculo da sua pegada ecológica, por exemplo, serve de indicativo de onde deve atuar para mudar seus hábitos de consumo, os mesmos que estão afetando o Meio Ambiente de várias formas e por isso você é responsável.
Lembrem-se, tudo está interligado e suas envolvências são delicadas e devem ser simbióticas (positivas). Cada um tem um papel nessa transformação cultural de consumo.
Após pensar a respeito, como fiz, calcule sua pegada ecológica e mude seus hábitos de consumo predatório (obsolescência programa e percebida) por um consumo baseado em economia circular e sustentabilidade.
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/pegada_ecologica/sua_pegada/
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